A vida é tão promíscua. Compromete-nos com coisas para as quais nem sabíamos que nos podíamos comprometer. E nunca sabemos onde é que isso nos leva, onde é que nos levam as palavras, e acima de tudo, não sabemos para onde as levam os outros…e a tentativa morreu de tanto tentar…
A nossa ansiedade vem da necessidade induzida de nos querermos sentir parte da vida de alguém, querer vasculhar todos os pormenores e pertencer a essa vida mais do que à nossa…
Mas a lógica não deixa de ser corrosiva; mesmo sabendo que o fazemos custa a crer! Porque no fundo o que nos atormenta é mesmo a vida sem pertencer a algo de real e constante. A sensação de parecer escapar à realidade que custa trespassar. Que custa tanto levar de forma submissa e leal que se possa empurra-la ao fundo de nós mesmos e dos outros.
A única coisa que não muda são as lágrimas e a mesma sensação atroz de incapacidade de descrever o que quer que seja, quando no fundo só queríamos palavras para o fazer…”Sofremos sem elas, e sofremos tanto ou mais com elas”
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