Friday, September 25, 2009

SEVEN POUNDS

"In seven days God created the world...
And in seven seconds I shattered mine..."


- Seven Pounds movie

Tuesday, September 22, 2009

Up in the air - Fevereiro 2010



This is going to be a little difficult so stay with me…
How much does your life weight?
Imagine for a second that you're carrying a backpack
I want you to pack it
With all the stuff that you have in your life
Starting with the little things
The gunshelves, in drawers, the knickknacks
Than you start adding largest stuff
Clothes, table top appliances, lamps, your TV
Backpack should be getting pretty heavy now
You go bigger
Your couch, your car, your home
I want you to stuff it all into that backpack
Now, I want you to fill it with people
Start with casual acquaintances
Friends of friends
Folks around the office
And then you move to the people that you trust with your most intimate secrets
Brothers and sisters, your children, your parents, and finally your husband, wife, boyfriend and girlfriend
Get them into that backpack
Fill the weight of that bag
Make no mistake
Your relationships are the heaviest components in your life
All those negotiations, and arguments, and secrets, compromise you
The slower we move the faster we die
Make no mistake
Moving is living
Some animals were meant to care with each other
To live symbiotically over life time
Star crossed lovers
Monogamous swans
We are not swans we're sharks

Friday, September 11, 2009

António Lobo Antunes....Grande...muito grande


"Tenho ideia que anda uma dor por aí, mas não estou certa de me pertencer"

"A dor que não estou certo de pertencer abranda, e depois volta,digo-lhe
-Olá dor...
e não lhe dou confiança. Não se deve dar confiança nem a nós,há que nos pôr em ordem. Põe-te em ordem António,tu que durante a vida inteira detestaste obedecer. Aliás não te podes queixar, passaste o tempo a fazer o que querias. Agora, sei lá porquê, veio-me à ideia o meu irmão Pedro, o silêncio dele. Gosto de silêncio, de escutar palavras não ditas. Também gosto de pessoas que falam porque me permitem ir embora continuando ali. Elas falam, digo que sim com a cabeça e não estou. Estou onde? Na varanda da Beira a olhar a serra, por exemplo. Ou em parte nenhuma, num esconso interior, sentado no chão, de joelhos na boca, escutando o que não há. Desde que me lembro escuto o que não há, deixo que as coisas se inventem cá dentro, a minha cabeça é uma praia que a água invade e esquece."

"-Sente dores,maezinha?
e no caso de se interessarem por mim o que responderia? Talvez, lá no fundo, mas disfarço, garanto. É que existem coisas que não sararam na alma, não hão-de sarar nunca: as árvores de um cemitério de província a tremerem, algumas mortes, a minha violência tantas vezes injusta, patetices, indelicadezas, faltas de atenção com quem o não merecia. Espero ter melhorado, acho que melhorei mas continuo sem me perdoar o egoísmo necessário à escrita que me obrigou a cortar tantos pescoços que se interpunham entre eu e ela. No entanto, aprecio o António: comove-me a sua feroz guerra civil interior, a vulnerabilidade escondida, a compaixão que não mostra. O imenso orgulho que tem nos seus poucos amigos, a admiração por eles, o respeito."