Sunday, December 23, 2007

Poluição Visual

A expressão com que me apraz começar é mesmo: Epa! É que é sempre a mesma coisa, se não pior, todos os anos! Todos as épocas festivas do Natal as pessoas iluminam as suas casas, como se não houvesse amanha e a conta da electricidade fosse mais barata no mês de Dezembro….o que não me parece que seja!
Todos os anos eu e acredito que milhares de pessoas por todo Portugal, que conduzem descansadamente pela estrada fora, têm de se deparar com luzes fluorescentes de todas as cores e feitios que parecem fazer um contorno colorido das casas que iluminam. Eu não sei, mas acho que isso é no mínimo um exagero. É que o vizinho parece que quer ter sempre mais iluminação que nós, como quem diz: “Eu tenho mais que tu, toma toma!” E o outro vizinho diz para a mulher: “Já viste as luzes dele, como é que ele consegue, pah?!”
É que se fosse para ficarem as casas mais bonitas, ainda se compreendia, mas não… Não fica bonito meus amigos, e é um perigo para a saúde pública porque se trata de poluição visual…Uma pessoa que vá a conduzir na estrada não sabe se aquilo é um tunning que vem na nossa de direcção, se um ovni que vem para nos raptar…principalmente pessoas com miopia, que é o meu caso. E além do mais, é bem capaz de distrair uma pessoa….porque em vez de olhar para a estrada fica encadeada com as luzes de natal….Eu até acho que isso contribui para o acréscimo de acidentes rodoviários que existe nesta altura. Acho que deviam rever a sério os vossos conceitos de estética sobre os enfeites de natal antes de começarem a disparar luzes em toda a direcção nas casas…É só um conselho de Natal…
Algumas pessoas magoam-nos onde sabemos que regenera. Onde eu sei que com o tempo vou voltar a ser a mesma. Mas tu magoas onde sei que os danos são para toda a vida. E quando eu me fecho, não me consigo voltar a abrir. São muitos compartimentos. São demais, todos em cima de mim a fazer pressão.
Hoje acordei com uma sensação de preenchimento total. Faltava tudo mas eu não o sentia porque sabia que pelo menos, durante o período de tempo que estivesses comigo não fazia sentido pensar em vazio. Mas adormeci com a maior dor de todos os tempos. A de não saber o que é que existe de errado entre nós. E é isso que me faz mergulhar na sombra.

Wednesday, December 19, 2007

Tuesday, December 18, 2007


As melhores coisas da vida apanham-se enquanto ainda estão no ar. Só quando caem é que percebemos que não eram nossas...

You don´t know me



O amor vai e vem. É um vendaval. É banalizado, é um estendal de roupa interior. Mostra a nossa intimidade sem qualquer pudor. Mas nunca mostra o que lá vai dentro. Somos capazes de nos entregarmos a outra pessoa sem no entanto nos revelarmos por inteiro. Ficam metades, espacinhos em branco. Fragmentos fragmentados, pequenas partes abertas, pequenos buracos negros. Metades que para alem de serem metades são incompletas, metades de metades. Somos em vários momentos metades de nós mesmos. Não temos alvos fixos de amor, temos muitos alvos, quando um está esgotado partimos para outro. É um rodopio de tanto girar. Precisamos de contacto, de um puro e simples toque para nos sentirmos vivos novamente. E de vez enquando recorremos a ele para nos libertar de toda a poeira do ar, de todo tédio instalado.
E a vida é uma volta, não tem volta a dar!

Monday, December 10, 2007

...

O que se passa comigo? onde é que me estou a meter? Se fiz o que considero certo, porque é que sinto um vazio enorme? É essa a sensação que fica quando deixamos um destino para trás? Que parte de mim ficou pelo caminho? E o que é que eu faço com os destroços que ficaram? wHERE DID I PUT THE REST OF ME?