Saturday, August 09, 2008

Como se não estivesse a chover...

- Ao menos diz-me o que estás aqui a fazer!!!
- A morrer devagarinho!
- Não estamos todos?
O que procuras tanto?
O que faz com que te esgotes tanto?
- Tenho esta atracção pelo abismo. Apetece-me sempre pisar o risco e tentar a sorte…
Há um muro entre mim e os outros, o meu único egoismo é afastar-me dos outros. Não acompanhar ninguem! Talvez a vida não faça sentido, talvez seja mesmo assim!
- Isso não te assusta?
- Não, apazigua-me!

Que saudade das noites quentes em que nos estendiamos sobre uma manta no soalho.
Porque é que saiste tao derrepente da minha vida?
Só queria saber qual é a tua versao das coisas.
Tenho demasiados destroços à deriva…não vejo bem entre eles.
O que mais temos na nossa vida são conversas adiadas, mal entendidos.
Apetece-me tanto chamar-te às vezes.. Mas não saberia o que dizer!! Não saberia por onde começar.
És um vampiro que suga o sangue todo, até não exisitir folego, e depois vais dormir, como se nada tivesse acontecido…
Tenho apenas uma certeza. Tenho de me ir embora daqui. Tomar um desvio decisivo.

sei que vou daqui para o Brasil numa fotografia...
Será que chega?

Passa-se tanto naquilo que não se passa. Acontece tanto no silencio e na ausencia de palavras. A intensidade com que se vivem certos silencios e que cortam até ao mais profundo de nós, a angustia de ser privado do mais basico sentimento. Como é estranho em mim o fim...
…Um dia pediste-me que esperasse, e depois só ouvi sinal de interrompido!

Vou dormir. Absorver o mal estar que se instala em mim. Recuperar a lucidez, Recuperar a humilhação, recuperar o ego ferido, das pavras que ouvi…
Porque não é de ti que eu me lembro,é daquilo que disseste, porque não me deste sequer a oportunidade de refutar…

Friday, August 01, 2008