Saturday, June 30, 2007
A vida é a contagem decrescente dos sonhos e hoje acabo de perder mais um.
Porque há sonhos que se perdem nas brumas da vida. Porque há sonhos que são apenas imaginação mas que nos atingem com a força da realidade. Porque há esperanças em vão, também há sonhos com vontade mas sem poder...impávidos perante aquilo que os rodeia....Estão fechados nunca caixinha. E eu via-me sair do meu corpo mais vezes do que queria. Eu via-me sonhar mais do que podia suportar…porque a lembrança tinha um impacto tão violento sobre mim que eu não podia conceber que fosse menos real menos verdadeiro e menos sentido que a própria vida!
E as palavras bloqueavam-se dentro de mim…antes de serem sentidas já eu as tentava pronunciar, antes de saber a tua resposta já eu tinha uma resposta por ti! Para me proteger das tuas palavras… mantinha em mim uma capa invisível que não me deixava nunca quebrar perante ti! E eu estava ali firme, naquilo que sentia e dizia-to sem o receio de ser rejeitada por ti…já não tinha mais ambição…só verdade e consequência!
...E eu não sei se é de felicidade ou contentamento o teu sorriso. Se são os dois num só, ou se fazes isso só para me provocar! Só para me testar, só para ver se caio na armadilha de me revelar! Só para ver até onde vão os meus limites!
Continuo sem saber desvendar, sem saber arrancar-te as palavras certas, ou talvez aquelas que queria ouvir! Mas haverá diferença?
Talvez elas não tenham de ser ditas por ti, provavelmente elas ficam melhor por dizer. Aquilo que não ter resolução, resolvido está! Mas porque é que os meus pensamentos não querem tomar o rumo das palavras?!
Sabes dizer me onde está o limite das coisas? Como se sabe que chegou a altura certa para avançar ou recuar, para lutar ou desistir! Como se sabe se devemos lutar por algo se não? E quando é altura de desistir porque já não vale mais a pena? Sabes dizer-me? Eu não consigo encontrar consenso dentro de mim....
E o nevoeiro que paira sobre mim não se quer levantar, não se quer dissipar…não me larga, está a minha volta e parece já ser parte de mim! Anda quando eu ando, pára quando eu paro, mas segue-me sempre! Cega me o entendimento! E eu só quero algumas respostas que acho justas, que acho necessárias…que esperaria definitivas…conclusivas! Mas elas não aparecem de modo nenhum, de tentativa nenhuma!
Arrancas-me toda a alma, e mesmo assim eu não morro…o meu corpo teima eu não me ceder esse alivio! E eu já me vi assim antes…só não sei porque é que a vida teima em manter os mesmos padrões comigo! Porque é que ela insiste sempre em levar-me por um caminho que já sei de cor e salteado, que já não me surpreende mas que me consegue sempre arrancar mais um bocadinho que eu já nem sequer sabia que tinha!
Continuo sem saber desvendar, sem saber arrancar-te as palavras certas, ou talvez aquelas que queria ouvir! Mas haverá diferença?
Talvez elas não tenham de ser ditas por ti, provavelmente elas ficam melhor por dizer. Aquilo que não ter resolução, resolvido está! Mas porque é que os meus pensamentos não querem tomar o rumo das palavras?!
Sabes dizer me onde está o limite das coisas? Como se sabe que chegou a altura certa para avançar ou recuar, para lutar ou desistir! Como se sabe se devemos lutar por algo se não? E quando é altura de desistir porque já não vale mais a pena? Sabes dizer-me? Eu não consigo encontrar consenso dentro de mim....
E o nevoeiro que paira sobre mim não se quer levantar, não se quer dissipar…não me larga, está a minha volta e parece já ser parte de mim! Anda quando eu ando, pára quando eu paro, mas segue-me sempre! Cega me o entendimento! E eu só quero algumas respostas que acho justas, que acho necessárias…que esperaria definitivas…conclusivas! Mas elas não aparecem de modo nenhum, de tentativa nenhuma!
Arrancas-me toda a alma, e mesmo assim eu não morro…o meu corpo teima eu não me ceder esse alivio! E eu já me vi assim antes…só não sei porque é que a vida teima em manter os mesmos padrões comigo! Porque é que ela insiste sempre em levar-me por um caminho que já sei de cor e salteado, que já não me surpreende mas que me consegue sempre arrancar mais um bocadinho que eu já nem sequer sabia que tinha!
Friday, June 29, 2007
Monday, June 25, 2007
E eu esperava de ti o que nunca poderia alcançar
Eu esperava de ti uma confissão, uma palavra, uma só palavra que me fizesse desabrochar do meu imenso adormecimento perante quem sou, perante a vida. É como se no momento anterior te sentisse aqui, junto de mim, mais perto que nunca, mais quente que nunca, mais ligados que nunca e depois já não estas….Já foste embora, já partiste antes que eu pudesse reter o teu cheiro, antes que pudesse levar comigo um bocadinho de ti, da tua alma…
E quando dei por isso já nada de ti restava….Só a recordação como se fosse uma suave e doce ilusão de nos dois perpetuada na eterna utopia da realidade. Porque a realidade me mentia, me fazia ver coisas que não existam, que não estavam lá.
Foi ai que eu vi, como nunca antes tinha visto a vida… Finalmente percebi que vivi a vida toda atrás de coisas que não eram verdade, atrás de sonhos, devaneios, de uma ligeira sensação de felicidade e liberdade que se amontoavam em mim só para ver quem era a primeira a chegar e com o mesmo impacto que chegava, da mesma maneira brusca e repentina, ia embora…quase que fugia como se estivesse viva e fizesse troça de mim, como se soubesse o que eu queria e não me deixasse pega-lo…uma única vez!
E cada vez fui ficando mais vazia, mais seca de sentimentos, sem vontade de me aproximar de ti, sem saber como o fazer.
E tu fugias da minha incerteza, da minha impulsividade, da minha insegurança…sem que eu me apercebesse…
Sempre achei que eras tu que precisavas de mim, quando afinal era eu que visualizava a perfeição onde ela menos existia….em mim e em ti, em nós os dois juntos!
E eu permanecia assim….sem saber o que ao certo me levava a ti…sem saber que elo de ligação tinha contigo, mas com a necessidade de te ter, mais do que tudo, de te querer e de querer que me quisesses.
E enquanto eu definhava tu vivias….tu conversavas, tu divertias te, tu vivias com uma intensidade louca de prazer, e eu ficava à espera de ti…a espera de um milagre que te fizesse ver que mais tarde ou mais cedo essa vida acabaria por não te servir, e tu virias ter comigo…
Enquanto eu te deixava viver livre e sem a mínima percepção da minha existência, enquanto eu me escondia, para que não soubesses de mim, numa tentativa frustrada para que quisesses saber de mim…tu avançavas…tu não querias saber…
E eu vivia num remoinho de nós… numa ideia preconcebida, num filme que tracei que dirigi e que montei, todo só para poder descrever aquilo que te queria dizer. Ao mesmo tempo respondia por ti, respondia aquilo que queria que me dissesses…e isso apesar de parecer esquizofrenia era o que me mantinha lúcida…mas agora….agora já não resta nada. Libertei-me de tudo isto para viver...a espera terminou aqui!
Saturday, June 23, 2007
Thursday, June 21, 2007
"It was one of those days when it's a minute away from snowing and there's this electricity in the air, you can almost hear it. And this bag was, like, dancing with me. Like a little kid begging me to play with it. For fifteen minutes. And that's the day I realise there was this entire life behind things, and... this incredibly benevolent force, that wanted me to know there was no reason to be afraid, ever. Video's a poor excuse, I know. But it helps me remember... and I need to remember... Sometimes there's so much beauty in the world I feel like I can't take it, like my heart's going to give in."
Sunday, June 17, 2007
- Sabes qual é o problema do amor? É a relatividade de sentimentos e de sensações, que nunca levamos a sério! Damos sempre algo por adquirido em comum, quando os sentimentos e sensações são só e apenas nossos e nao dos outros! Nós só vemos as coisas pelos nossos olhos, esquecemos que os outros também têm as suas perspectivas, os seus ângulos de visão! E isso muda tudo! Muda o rumo dos acontecimentos! Muda as palavras, muda os sentimentos, muda as razoes e o próprio olhar!!!
É dai que nasce a ilusão!!! Pensamos que determinada palavra tem determinado significado, mas depois não tem! Pensamos melhor e chegamos á conclusão que provavelmente não tinha significado nenhum!
As coisas mudam tão rapidamente! As pessoas mudam tão rapidamente!
Somos todos como estrelas cintilantes, que num momento brilhamos com uma intensidade tremenda, mas no outro, deixamos que essa luz desapareça!
Deixamos nos caminhar para um beco sem saída! Mas nunca conciliamos a hipótese de voltar para trás e recomeçar tudo de novo!
É dai que nasce a ilusão!!! Pensamos que determinada palavra tem determinado significado, mas depois não tem! Pensamos melhor e chegamos á conclusão que provavelmente não tinha significado nenhum!
As coisas mudam tão rapidamente! As pessoas mudam tão rapidamente!
Somos todos como estrelas cintilantes, que num momento brilhamos com uma intensidade tremenda, mas no outro, deixamos que essa luz desapareça!
Deixamos nos caminhar para um beco sem saída! Mas nunca conciliamos a hipótese de voltar para trás e recomeçar tudo de novo!
Deito-me neste estado deplorável em corpo e mente, na esperança de que amanhã me levante sacudida de tudo isto! Livre de todo este ardor, todo este mal estar, toda esta podridão espiritual em que me encontro! Na esperança que o mundo amanhã se revele mais limpo, mais fácil de ver, mais fácil de enfrentar e de viver!
Saturday, June 09, 2007
Odeio que olhes assim
Odeio que me largues primeiro
Odeio que me ignores
Odeio que não reajas
Odeio que resistas
Odeio a tua insegurança. Ou será a minha?
Odeio não saber
Odeio que te afastes
Odeio que nao me respondas
Odeio que não me digas o que pensas
Odeio pensar que pensas o pior
Odeio pensar que estou certa
Amo te
Odeio que me largues primeiro
Odeio que me ignores
Odeio que não reajas
Odeio que resistas
Odeio a tua insegurança. Ou será a minha?
Odeio não saber
Odeio que te afastes
Odeio que nao me respondas
Odeio que não me digas o que pensas
Odeio pensar que pensas o pior
Odeio pensar que estou certa
Amo te
Thursday, June 07, 2007
Afinal nao trocamos nada
Trocamos apenas dez palavras, novo se contarmos que a primeira não era para mim, oito se contarmos que a resposta que te dei não contou porque a pergunta não era para mim, sete se dissermos que não contavas que eu te respondesse, seis se eu não pensasse que não me ouvias, cinco se tu não tivesses de saída e eu não tivesse perdido as ultimas quatro palavras que disseste, três porque tu não chegaste a perceber duas palavras que eu disse, uma porque nenhum de nós queria saber do resto das palavras …Mas se formos rigorosos, zero, foram as palavras que trocamos…
- Do que é que tens medo?
- Do tédio, que se instale o faz de conta que sou feliz, por isso vou deixar-me estar. Que as aparências me levem a estar contigo porque todos os outros estão com alguém. A rotina leva-nos sempre onde quer..
Vemos todos aos pares e queremos ser assim também...Capazes de conservar o amor, capazes de consumir o desejo...E eu dou por mim, sem desejo ou ansiedade...sem algo a que me agarrar...Aliás com repudio ao desejo, com espécie da necessidade de ter desejo...
Milhares de segundos
Estou ancorada….em metamorfoses de sonhos, de ideias, metamorfoses de vidas, de lugares, de figuras, metamorfoses do tempo, metamorfoses de corpos, de mim e de ti...transformados, modificados, despedaçados, mutilados.
Somos ruínas de nos mesmos, quebramos, partimos, mas há sempre algum consolo na despedida. A própria despedida…ela tem sinais de despedida, ela cheira a despedida, ela olha a despedida….podes não saber que é a ultima vez, mas se encontrares uma despedida, vais reconhece-la onde quer que seja com quem quer que seja…
Mas existe sempre aquele sitio em que nao nos sentimos sozinhos, nem que seja por um segundo...e nao me apetece sair de la agora por nada :(( Nao me apetece avançar no tempo. Nao me apetece viver mais, so para continuar aqui...so para poder sentir isto. Agarrar me a isto como tu me agarras a mim! Como eu queria que tu te agarrasses a mim :(Como eu queria que tu sentisses o mesmo...compreendesses o mesmo...que só precisasses de olhar como eu olho e perceber o que eu vejo! Como se a perfeição se atingisse num olhar, num toque....na intensidade de um olhar, na intensidade de um toque...Como se tudo se realizasse ai...no sitio em que eu me sinto em casa!
Puf...e ja desapareceu no ar...aquele segundo :/
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