Friday, November 25, 2005
“Que há dentro deste ser, que não tem limites? Que há dentro deste ser de real e verdadeiro? Cada um assume proporções temerosas. Caem lá dentro palavras, sentimentos, sonhos – é um poço sem fundo, que vai até à raiz da vida. À superfície todos nós nos conhecemos. Depois há outra camada, outra depois. Depois um bafo. Ninguém sabe do que é capaz, ninguém se conhece a si próprio quanto mais aos outros, e só à superfície ou lá para muito fundo é que nos tocamos todos como as árvores de uma floresta - no céu e no interior da terra. De mais baixo ainda vêm terrores, ânsias, desespero… A maior parte das criaturas não só se ignora como não passa nunca da camada superficial.”-
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