A partir de uma onda o mar...
A partir de um som, uma melodia...
A partir de uma raiz uma arvore...
A partir de um toque, um sentimento...
A partir da vida, o amor, a dor, a morte, o infinito...
A partir da solidao, o vazio, o silencio...
A partir de um momento...tudo!
Momentos de fraqueza, de medo, de ansiedade, de vergonha, de ódio, de prazer, de felicidade, de desespero, de angústia, de fraqueza, de elogio, de honra.
Momentos de ilusão, que fazem uma vida inteira!
A vida é um drama que se esconde atrás do silencio, é uma aparência em forma de sonho.
Caminhamos neste abismo. Caímos neste abismo, imposto como regra, como inevitável. E passamos a ser meras sombras. Vivemos habituados à regra, ao que nos é imposto. Somos levados a acreditar numa ilusão. Poruqe a realidade nos é vedada. Proibida, Intransponível!
Vivemos condenados desde o inicio. Mas fomos treinados para esquecer. Esquecer a mediocridade da vida, esquecer a morte, através desses momentos de ilusao.
E no final, a pergunta...Foste feliz?
A derradeira pergunta e a mais importante. Talvez por isso a mais dificil de responder. Talvez porque seja quase impossivel reunir todos esses momentos juntos.
Talvez...a resposta nao surge...Ironia do destino! Também ela nos é vedada. Nem o silencio permite escutá-la! eu oiço-a lá ao fundo, mas nao compreendo o que me quer dizer.
Tarde demais...De que vale a resposta?!...De nada. Pois nao prova coisa alguma!
Tal como o amor...O amor é um fantasma, nao se vê, aparece assim como desaparece. Nao fala, so sussurra. Passa por nós como uma brisa de Verão, mas nao pára. Desaparece quando mais precisamos dele, e só volta a aparecer, quando o dispensamos. Também ele é um simples e passageiro momento...
Saturday, December 10, 2005
"...Nascimento...
Uma uniao de opostos perfeitos
A essência a transformar-se em existencia.
Um acto sem o qual o homem nao existiria, e a humanidade deixaria de existir.
Ou será nostalgia?
Um acto de biologia comandada pela ciencia moderna e pela tecnologia. À imagem de Deus, extraímos, implantamos, inseminamos, clonamos. Mas terá a nossa ingenuidade tornado o milagre num truque?
Ao reproduzirmos a vida, podemos tornar-nos o criador? E a alma?...Também poderá ser reproduzida? viverá na matéria a que chamamos ADN? Ou será a sua atribuiçao apenas possivel por Deus? "
Uma uniao de opostos perfeitos
A essência a transformar-se em existencia.
Um acto sem o qual o homem nao existiria, e a humanidade deixaria de existir.
Ou será nostalgia?
Um acto de biologia comandada pela ciencia moderna e pela tecnologia. À imagem de Deus, extraímos, implantamos, inseminamos, clonamos. Mas terá a nossa ingenuidade tornado o milagre num truque?
Ao reproduzirmos a vida, podemos tornar-nos o criador? E a alma?...Também poderá ser reproduzida? viverá na matéria a que chamamos ADN? Ou será a sua atribuiçao apenas possivel por Deus? "
Friday, December 09, 2005
"Já vejo o futuro menos negro" "Tudo o que de bem ou de mal nos acontece "cá em baixo", está escrito "lá em cima"........Novo filme de joao botelho: "Fatalista". Nao vou perder. Parece interessante. Alias como tem vindo a ser os ultimos filmes portugueses, a meu ver! Como"Alice" e o "Crime do Padre Amaro". O que nós precisamos é de realizadores ousados e arrebatadores. oO que eu acho que até temos, precisamos claro é de dinheiro para investir....Isso é que deve ser mais dificil. Mas tou a gostar cada vez mais de ir ver filmes portugueses.... e acho que isso é bom!!! Continuem assim!
Friday, November 25, 2005
“ A alma – diz ele - ao contrário do que tu supões, a alma é exterior: envolve e impregna o corpo como um fluído envolve a matéria. Em certos homens a alma chega a ser visível, a atmosfera que os rodeia toma cor. Há seres cuja alma é uma exaltação contínua: arrastam-na como um cometa ao ouro esparralhado da cauda - imensa, dorida, frenética. Há os cuja alma é de uma sensibilidade extrema: sentem em si todo o universo. Daí também as simpatias e antipatias súbitas quando duas almas se tocam, mesmo antes de a matéria comunicar. O amor não é senão a impregnação desses fluidos, formando uma só alma, como o ódio é a repulsão dessa névoa sensível.”
«- Porque é que as pessoas boas que Deus ama são mortas em guerras e na crueldade, em assassínios sem sentido e acidentes estúpidos, porque é que crianças espertas e inocentes sofrem até á morte sem misericórdia...
- Cuidado com a voz agora, uma suave mascara para a ignorância. Algumas coisas estão além do nosso conhecimento, meu filho. O Pai envia o pior mal aos que Ele mais ama. Ele precisa de saber que O amas mais que ao teu irmão mortal.»
- Cuidado com a voz agora, uma suave mascara para a ignorância. Algumas coisas estão além do nosso conhecimento, meu filho. O Pai envia o pior mal aos que Ele mais ama. Ele precisa de saber que O amas mais que ao teu irmão mortal.»
«Sei intuitivamente, por exemplo, que somos criaturas da luz e da vida e não da morte cega. Sei que não estamos isolados do espaço e do tempo, que estamos sujeitos a um milhão de aqui e agora em mutação de bons e maus.
A ideia de que somos seres físicos descendentes de células primitivas em caldos nutrientes, essa ideia violenta a minha intuição, calca-a com botas de futebol.
A ideia de que descendemos de um deus ciumento que nos formou do pó para escolhermos entre ajoelhar e rezar, e o fogo do inferno, violenta-me ainda mais. Nunca nenhuma fada do sono me deu estas ideias. O próprio conceito de descendência, para mim, está errado. Todavia nunca pude encontrar um sítio ou alguém que tivesse as minhas respostas, salvo o meu eu mais profundo... e eu tinha medo de confiar nele. Tive de nadar através da vida como uma baleia, enchendo a boca não de água salgada, mas daquilo que outros escreviam, pensavam e diziam, provando e conservando fragmentos de conhecimento do tamanho de plâncton que se ajustasse àquilo em que eu queria acreditar. Algo que explicasse o que eu sabia ser verdade era o que eu procurava. De um escritor, nem um camarão podia reter, por muito que lesse dos seus livros; de outro, nada compreendia, salvo isto: «NÃO SOMOS O QUE PARECEMOS...» o resto do livro podia não passar de água salgada, mas a baleia guardava esta frase. A pouco e pouco, penso que construímos uma compreensão consciente daquilo que já sabemos ao nascer: aquilo em que o nosso eu mais profundo quer que acreditamos, é verdade. O nosso cérebro consciente, porém, não é feliz enquanto não consegue explica-lo por palavras.»
A ideia de que somos seres físicos descendentes de células primitivas em caldos nutrientes, essa ideia violenta a minha intuição, calca-a com botas de futebol.
A ideia de que descendemos de um deus ciumento que nos formou do pó para escolhermos entre ajoelhar e rezar, e o fogo do inferno, violenta-me ainda mais. Nunca nenhuma fada do sono me deu estas ideias. O próprio conceito de descendência, para mim, está errado. Todavia nunca pude encontrar um sítio ou alguém que tivesse as minhas respostas, salvo o meu eu mais profundo... e eu tinha medo de confiar nele. Tive de nadar através da vida como uma baleia, enchendo a boca não de água salgada, mas daquilo que outros escreviam, pensavam e diziam, provando e conservando fragmentos de conhecimento do tamanho de plâncton que se ajustasse àquilo em que eu queria acreditar. Algo que explicasse o que eu sabia ser verdade era o que eu procurava. De um escritor, nem um camarão podia reter, por muito que lesse dos seus livros; de outro, nada compreendia, salvo isto: «NÃO SOMOS O QUE PARECEMOS...» o resto do livro podia não passar de água salgada, mas a baleia guardava esta frase. A pouco e pouco, penso que construímos uma compreensão consciente daquilo que já sabemos ao nascer: aquilo em que o nosso eu mais profundo quer que acreditamos, é verdade. O nosso cérebro consciente, porém, não é feliz enquanto não consegue explica-lo por palavras.»
“Que há dentro deste ser, que não tem limites? Que há dentro deste ser de real e verdadeiro? Cada um assume proporções temerosas. Caem lá dentro palavras, sentimentos, sonhos – é um poço sem fundo, que vai até à raiz da vida. À superfície todos nós nos conhecemos. Depois há outra camada, outra depois. Depois um bafo. Ninguém sabe do que é capaz, ninguém se conhece a si próprio quanto mais aos outros, e só à superfície ou lá para muito fundo é que nos tocamos todos como as árvores de uma floresta - no céu e no interior da terra. De mais baixo ainda vêm terrores, ânsias, desespero… A maior parte das criaturas não só se ignora como não passa nunca da camada superficial.”-
“Uma mãe entra um dia na cozinha e encontra a pequenita à mesa, lápis de cor por todo o lado, profundamente concentrada num desenho livre que está afazer. “Ena, que estás a desenhar?”, perguntou a mãe. “É um retrato de Deus, mamã.”- respondeu a linda garotinha com um brilho nos olhos.” Isso é muito bonito, minha querida”, replicou a mãe, tentando esclarecê-la, “mas olha que ninguém sabe como Deus é”. “Bom”, chilreou a garotinha, “se me deixares acabar…”
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